domingo, 7 de setembro de 2008

Efeito Rebanho


Conheces? Não? É pena... Todos devem ter direito a saber as doenças das quais padecem. E tu, com uma enormíssima probabilidade, sofres dessa “doença”. Mas não te preocupes, não estás sozinho(a): contigo está 99,9% da sociedade! Aliás, se passar alguém por este blogue que seja verdadeiramente imune a este efeito, já ficarei contente. Mas afinal, quais são os “sintomas”?

Relê o nome do efeito... “Rebanho”. Ora, um rebanho é uma entidade que, apesar de ser constituída por um grande número de animais (caprinos, por exemplo), é como se de apenas um se tratasse. Todos fazem o mesmo, todos são iguais, para onde um animal vai, o rebanho segue.

O mesmo se passa, de certeza, contigo e com o resto da sociedade. Apesar de todas as diferenças, no fundo vocês são todos iguais. São católicos porque vos ensinaram a sê-lo, apesar do facto de se pararem para pensar verão o quão estúpido e maldosa é a religião. Gastam fortunas em roupa de marca conhecida só porque não querem ficar atrás dos outros, ou porque a sociedade lhes atribui um estatuto superior, apesar de na maior parte das vezes não serem nem mais confortáveis nem melhores que as de marca branca, já para não falar em estarem sempre endividados e sem dinheiro para o essencial. Desprezam os homossexuais porque têm medo do que as outras pessoas podem pensar de vocês, ou simplesmente porque toda a gente o faz, ou simplesmente porque afinal são fascistas. Bebem cerveja porque todos bebem, e não por ser melhor que sumo, por exemplo. A lista continua ad infinitum. Preferem ser infelizes, mas aceites socialmente, do que o oposto.

Que tal começarem a pensar pela própria cabeça? Que tal mandar foder o que os outros pensam de nós? Que tal sermos nós próprios? Que tal dar uso ao sábio provérbio “Não faças aos outros aquilo que não queres que os outros te façam a ti”? Que tal... Bah, pareço Santo António a pregar o sermão aos peixes. Com a diferença que os peixes eram inocentes. Nada mudará, basta de tentar mudar alguma coisa. “Deixa o mundo girar/Para o lado que quer/Não o podes parar/Não tens nada a fazer”.

“Mad: adj. Affected with high degree of intellectual independence”, disse Ambrose Bierce. É com todo o orgulho que eu me declaro completamente insano. Existirá mais malucos como eu? Poucos, mas deve haver. No entanto, nunca conheci pessoalmente nenhum.


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