terça-feira, 9 de setembro de 2008

Odeio-te, Esperança



Detesto-te. Sua coisinha reles... Desaparece!

Odeio-te, esperança. Não só porque és inútil, porque não queres ser realista, porque queres que acredite em sonhos que não se realizarão. Não. Odeio-te principalmente porque me obrigas a não gostar parcialmente de algo pelo qual tenho uma imensa auto-estima e orgulho: a minha mente.

Racionalmente e conscientemente, sei que és apenas sonhos que não se tornarão realidade, pois não dependem somente de mim, e os outros já eu conheço. Sei que é inútil e estúpido acreditar em ti, pois só me irás trazer tristeza ao verificar que o teu conteúdo nunca se concretizará. Sei que entretanto posso não aproveitar tão bem a vida por tua causa.

Contudo, o cabrão do meu inconsciente não quer aceitar a realidade. Quer eu queira quer não, tenho esperança. E não tenho. O meu consciente e inconsciente andam permanentemente numa batalha. Quem ganha a batalha? O consciente, como sempre. Quem ganha a guerra? Nenhum, pois ela nunca acabará.


13

Sem comentários: